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domingo, 5 de agosto de 2018


Jogos Olímpicos GAY? E então?

 

Sou viciado em notícias, não tivesse passado para aí metade da minha vida de volta delas. Gosto de informar e, sobretudo, de estar informado. E foi numa ronda pelos sites que fiquei a saber que Portugal, apoiado pelo Estado, participa pela primeira vez nos «Gay Games», que decorrem em Paris até dia 11.

E pergunto: o que é que temos a ver com isso? Não são jogos como tantos outros? 

Ou melhor. Vou refazer a pergunta: o que é que nós temos a ver com a orientação sexual de cada um?

Ou tu queres ver que nunca participaram homossexuais/lésbicas nos «típicos» Jogos Olímpicos e que estes «Gay Games» são determinantes para que pessoas com diferentes orientações sexuais também possam participar neste tipo de eventos…

A sério que me irrita serem as próprias pessoas, neste caso os gays, a criarem as suas próprias barreiras, são elas próprias a criarem factos para serem faladas, tipo olhem para nós, estamos aqui...

Acham que há mesmo necessidade? Hoje em dia já ninguém quer saber disso. Ou melhor: admito que possa haver uma franja que continue a olhar para pessoas com orientações sexuais diferentes de soslaio. Mas pergunto: será assim tão significativo? Será? Não me parece… (da mesma forma que também tenho dificuldade em perceber as paradas gay, que na verdade não passam de uma feira de vaidades/malucas).

Voltando aos «Gay Games». A determinada altura da notícia diz o seguinte: «Os Gay Games estão abertos a quem queira participar, independentemente da sua orientação sexual».

E acentuo as minhas dúvidas: que diferença há, então, para os tradicionais Jogos Olímpicos? Nenhuma! Pura e simplesmente!

Vejo depois as modalidades da prova: atletismo, futebol, natação, voleibol, artes marciais.

E volto a reforçar: que diferença há, então, para os tradicionais Jogos Olímpicos? Nenhuma! Pura e simplesmente!

Confirmo a minha teoria. Isto são só chamadas de atenção de alguém que já não precisa de chamar à atenção de ninguém. Estamos no Século XXI! Deixem de se fazer de coitadinhos! E não me venham com a conversa das barreiras (as únicas barreiras que nos devemos preocupar de facto são as arquitetónicas, porque, essas sim, prejudicam a vida de muitas pessoas…)

Agora se andam a dar saltos para a vara ou se são especialistas em pakau… é para o lado que todos dormimos melhor! Tenham paciência – peço desculpa, mas acho isto dos «Gay Games» tão ridículos que agora também me apeteceu meter nojo.

Sempre houve, há e haverá gays em todo o lado, em todas as áreas. E que temos nós a ver com isso? Façam lá a vossa vida com discrição, a mesma discrição de todas as outras pessoas…

quinta-feira, 2 de agosto de 2018


O casamento, o porco e a salchicha

 

Estou a comemorar 21 anos de casamento. Com altos e baixos, como todos os outros, mas com a certeza de que casei com a mulher certa. Em tudo. Sabe ouvir, argumentar, a calma dela acalma-me, eu que sou mais acelerado. Mas também tem o dom de me irritar como ninguém, sabe como fazê-lo no momento próprio e às vezes sem dizer nada. No fundo, a relação do casal é isto mesmo. Desconfio muito dos casais em que está sempre tudo certo…

Tenho o dom, também, de respeitar todas as decisões, numa época em que me parece que as pessoas desistem rápido de tudo, não lutam por nada, nem pelo próprio casamento. Há casos em que não há volta a dar, há outros em que ninguém quer dar a volta e acaba em separação.

Há que respeitar. Cada um sabe de si e, na verdade, sempre tive muito pouco de moralista.

Respeito tudo por igual, independentemente da opção sexual. Nem podia ser de outra forma (mentira: confesso que as bichonas, aquelas muito maricas, que não sabem passar discretamente em lado nenhum, me irritam um bocadinho…).

Uma amiga minha, no entanto, faz-me alguma confusão. Tem 50 anos e nunca casou, nunca viveu junta, enfim, toda a vida foi solteira. Foi ela também a única que me deixou sem capacidade de argumentação.

Nunca a ouvi sequer falar em casamento ou em viver em união de facto, seja o que for. Um dia, feito parvo, perguntei-lhe: olha uma coisa, não pensas em casar?

E ouvi a tal resposta que me deixou… sem resposta:

- Casar? Para quê? Deves pensar que tenho paciência para andar a passear um porco quando só me interessa a salchicha…

 

Fiquei com a certeza absoluta que há muitos homens a envergonhar a classe. Meti a viola no saco…

quarta-feira, 1 de agosto de 2018


Viv’ós gordos!

 

Toda a minha vida fui assim para o XL. Primeiro era XL, com a idade fui adicionando ‘X’ ao ‘L’ e neste momento serei, sei lá, XXXXL.

Toda a minha vida fui feliz com o meu corpo. Era dos melhores no futebol (modéstia à parte) e as miúdas não me largavam (modéstia à parte II).

Com a idade também me fui habituando àquela pergunta de quem não tem mais nada para dizer, ou àquelas frases feitas que, supostamente para ter graça, na verdade não têm graça nenhuma. Porque são estúpidas e pronto.

Seguem apenas alguns exemplos:

- Estás mais magrinho…

- Estás a fazer dieta?

- Não faças dieta, não…

- Estás grávido?

Mas será que as pessoas não se enxergam? Será que não percebem que para os gordos, sobretudo os felizes, entra a 100 e sai a 200? E que no pensamento de cada gordo, que normalmente sorri perante o reparo, estará uma ideia tipo «vai apanhar na peida», que não diz para não ser indelicado, ao contrário da pessoa que o aborda.

Com os anos criei as minhas defesas.

À pergunta «estás a fazer dieta?» respondo normalmente: «Estou, no intervalo das refeições…».

Se me perguntam se estou grávido, avanço: «Sim, por acaso estou, e o bebé já tem uma perninha de fora». Se for mulher ainda acrescento: «Queres fazer uma festinha?».

Pergunta parva, resposta estúpida, e assim toda a gente se ri.

Em suma: deixem os gordos em paz! Viv’ós gordos!!!
Se fossemos todos «modelos» isto não tinha piada nenhuma. Até porque as pessoas mais bem-dispostas normalmente até são gordas!